Sabemos que uma obra bem executada depende de muitos fatores. Um deles, com certeza, é um bom planejamento dos projetos do edifício. Seja no projeto de arquitetura, estrutura ou de instalações, um fator chave para o sucesso da obra é a comunicação entre os envolvidos.

Atualmente, não faltam ferramentas de comunicação para esses profissionais, mas é também nesse ponto que está grande parte dos problemas. Com tantas opções de redes sociais, aplicativos de mensagens, e-mails e outras formas de nos comunicarmos informalmente, os processos de tomada de decisão podem falhar e a comunicação deixa de acontecer como deveria. Isso pode gerar grandes problemas: retrabalho, custos acima do planejado, atrasos e mais atrasos.

É dentro desse contexto do processo de projetos em BIM que surgem os Ambientes Comuns de Dados, ou Common Data Environments (CDE).

O que é uma CDE?

Segundo o National Building Specification da Inglaterra, uma CDE “é um repositório central onde as informações do projeto de construção são armazenadas. O conteúdo do CDE não se limita aos ativos criados em um ambiente BIM. Portanto, incluirá documentação, modelo gráfico e ativos não gráficos.

Ao usar uma única fonte de informação, a colaboração entre os membros do projeto é aprimorada, os erros reduzidos e a duplicação evitada. Geralmente esse repositório é hospedado em serviços em nuvem, devido ao melhor custo benefício comparado a hospedagem em servidores locais.

Além do próprio papel de armazenar as informações, esse ambiente deve facilitar o controle das entregas de cada responsável dentro do processo de projeto, e consequentemente também subsidiar a obra, com a possibilidade de acesso às informações da forma mais fácil e simples possível.

CDEs do mercado internacional

A utilização de um CDE em um ambiente BIM de colaboração é uma das premissas no trabalho de organizações que estão ou almejam atingir o nível 02 de implementação do BIM, onde a colaboração e a troca de informações são efetivas durante todo o processo de construção virtual e físico do empreendimento.

Essa prática tem se tornado comum em países que estão avançados no processo de implementação. Nesses países, o CDE é um requisito básico para a troca de informações entre os agentes envolvidos. Podemos citar a Inglaterra como um dos expoentes: foi de lá que vieram as maiores contribuições para a ISO 19650, a “ISO do BIM”, que estabelece que um CDE é uma plataforma colaborativa e fonte única de informações sobre um projeto para evitar duplicações, erros e retrabalhos.

Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, podemos notar que para muitos escritórios, suas equipes não precisam necessariamente estar no mesmo país, sendo cada vez mais comum contratar profissionais ou empresas terceirizadas para contribuir na construção do modelo BIM.

Isso só é possível em um ambiente de coordenação proporcionado por um Common Data Environment. A prática tende a ser cada vez mais adotada, reduzindo custos e gerando oportunidades ao redor do mundo. Você poderá estar conectado à sua equipe e contribuir na execução virtual e física da obra, de onde você estiver.

Como anda o mercado nacional de BIM?

No Brasil, a adoção do BIM vem ganhando cada vez mais força, seja por decretos governamentais, iniciativas institucionais, licitações ou empresas adequando seus processos e ganhando cada vez mais mercado. Nesse momento começamos a ver aqui uma segunda onda do BIM, saindo do nível 01, de apenas construir o modelo BIM, para o nível 02, de colaboração efetiva, aumentando os ganhos de performance e aproximando cada vez mais o virtual e o canteiro de obras.

Para que isso seja possível, essas empresas precisam do uso de soluções otimizadas de CDE, garantindo que os profissionais trabalhem em verdadeira colaboração e de forma dinâmica. Com o câmbio brasileiro desvalorizado, ferramentas de empresas internacionais ficam cada vez mais caras e muitas empresas buscam por soluções nacionais com melhor custo benefício.

Independente da solução escolhida, esse é um caminho sem volta e um diferencial competitivo que todos devem estar atentos. Um CDE é um dos pilares para o BIM acontecer na prática.

Para ver de perto como estas funcionalidades podem melhorar a qualidade dos projetos e facilitar o trabalho conjunto, em um processo mais rápido e econômico, conheça a Maleta do Engenheiro.

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